A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma ciência da aprendizagem que quando utilizada como embasemanto para o atendimento de pessoas com transtornos do desenvolvimento como, por exemplo, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), foca em promover o ensino de novas habilidades e redução de comportamentos prejudiciais para a pessoa, sendo que devem-se considerar prejudiciais aqueles comportamentos que colocam sua integridade física em risco. Por meio desta ciência, propôs uma análise dos comportamentos do indivíduo de forma a entender como e porquê os comportamentos ocorrem, quais as influências ambientais a eles relacionadas e assim, é possível traçar estratégias que permitam ensinar novas habilidades para este indivíduo. Vale pontuar que nesse processo, a individualidade de cada pessoa deve sempre ser respeitada.
Fonte:
Os primeiros estudos envolvendo a terapia ABA (que na verdade é uma ciência) no tratamento de crianças com distúrbios do desenvolvimento foram realizados nos anos 1960. Tendo como objetivo a redução de comportamentos desafiadores e na aprendizagem, os resultados da pesquisa demonstraram que havia aumento no repertório comportamental.
Em 1987, o psicólogo clínico Ivar Lovaas publicou um novo estudo que apontava importantes ganhos com o uso dos princípios da ABA no ensino de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dentre as 19 crianças que participaram do estudo, 47% haviam tido sucesso em se reintegrar em escolas regulares.
Em contrapartida, apenas 2% tiveram o mesmo resultado com outras intervenções. Desde então, milhares de estudos têm sido publicados ano após ano em centenas de revistas científicas renomadas, como por exemplo as americanas JABA (Journal os Applied Behavior Analysis) e o JEAB(Journal of the Experimental Analysis of Behavior) ou as brasileiras REBAC (Revista Brasileira de Análise do Comportamento) e Perspectivas (Perspectivas em Analise do Comportamento). Todos esses estudos, nestes e em outros periódicos, vêm destrinchando os mais diversos aspectos que compõem as variadas intervenções baseadas em ABA para demostrar suas efetividades.
Como são suas intervençoes? É preciso fazer uma avaliação individual daquela pessoa que vai recebê-la e, a partir daí, definir quais serão os objetivos da intervenção e definir as técnicas e estratégias necessárias para o alcance desses objetivos.
Suas características
1. deve focar no ensino de habilidades socialmente relevantes
2. deve focar também na promoção de generalização dessas habilidades, ou seja, que elas sejam postas em prática no mundo real do paciente para além do contexto clínico
3. deve ter objetivos comportamentais pré-estabelecidos que sejam bem descritos e observáveis.
4. deve ser passível de registro da evolução do paciente de forma mensurável.
1) Análise da situação de quem está no espectro autista
2) Definição de metas e resultados a serem alcançados
3) Estabelecimento de parâmetros que possibilitarão analisar as mudanças e melhorias ao longo do tratamento
4) Possibilidade de determinar os comportamentos que devem ser trabalhados e modificados (como em situações de interação social – em locais como escola ou trabalho; ou mesmo manter atitudes que possibilitem estabelecer autocontrole nas habilidades executadas)
5) Aprendizagem de novas habilidades e/ou aprender como evitar comportamentos negativos (atitudes auto agressivas e estereotipias)
6) Avaliação dos avanços e análise de como vencer desafios
7) Compreensão quanto à necessidade de trabalhar em determinada mudança de comportamento ou não, evitando desgastes desnecessários para o autista
8) Tem como objetivo atuar em prol do desenvolvimento do autista – desde a infância à idade adulta – com o uso de técnicas que possibilitem ampliar a capacidade cognitiva, motora, de linguagem e de integração social, procurando reduzir por meio de práticas de repetição e esforço comportamentos negativos que possam causar danos ou interferir no processo de aprendizagem.
9) Intervenções via ABA podem auxiliar no aperfeiçoamento de habilidades básicas, como olhar, ouvir e imitar, ou complexas, como conversar e interagir com o outro.